domingo, 14 de agosto de 2011

Sede




A sede é de beber
Da vida, aquilo que mata
Da morte, o que sobrevive
Da água, o que desidrata.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Bilhete para Quintana

Entre aquele escarro no abismo

E a gélida geléia geral

Me envenena de tão visceral

Um idoso qualquer romantismo.

É a morte, e os olhos marejados.

É a sorte, de conhecer o outro lado.

É a maestria de quem rege a vida

Sabendo o certo, o final da sinfonia.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Afinal, no final tudo são meios.
Quanto ao fim, ainda receio
Seja sórdido demais para estampar
A jovialidade de um princípio sem princípios.

Já nem lembro a que vim
Com a cara da cidade na minha
Os sapatos pretos e a gravata
Minha forca diária
Meu suicídio tênue e silente de cada dia.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Raras vezes me encanto
Entretanto,
Poucas coisas
Como quando canto
Formam belos "excetos"
Nas regras desta alma,
Ou nem tanto.