quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Canção da Roça

Agora já não tinha mais
Sangue nos olhos
E era um homem como os seus
Feito em seus sonhos

Em cada tia no tear
Ou na cozinha
A vida alheia no jantar
E em suas linhas

Agora já não era o caos
Que se assumia
Em troca de todo o dinheiro
Que nunca teria

Em cada tio no violão
Ou na varanda
Em cada primo pé no chão
Pelas cirandas

Agora achava que era livre
E que podia morrer
Então a qualquer custo partiria
Ver o sol nascer

No ribeirão... Entre as folhas do verão.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tudo aquilo que poderia
Cedo ou tarde vir a calhar
É agora obsoleto e atrasado.

E eles continuam mirando
Os ideais vazios de três gerações atrás.

Pelejando contra o auto-flagelo
São patéticos estereótipos da liberdade

Cada vez mais me convencem
De que não almejar salvar o mundo
É na verdade uma dádiva
De quem quer por ele ser salvo.