terça-feira, 15 de dezembro de 2009

15/12

Sangro odores desta vida
Em qualquer das minhas almas
Reviro a noite terna
E em seu avesso enxergo um sol
Um belo sol japonês
Que clareia sem queimar o homem
E arde, mesmo sob a égide da sombra,
Este lobo descompassado ao ritmo do mundo.
Volto agora à noite, nova e fresca.
Arreganho os dentes, rosnando a todos.

Tenho eu mil almas.
Teria mesmo vontade de persistir nos dias
Se compreendesse ao menos uma delas.

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