sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Pobrezinho milionário


reflexo de um sol estridente,cortante
invade, rasga e dá aroma à pele
aromatiza cada poro á carniça

Vira-lata, milionário e pobrezinho
cata-lata, vende-lata, fuma-lata
"Minha cobertinha velha ninguém rouba"

Descalço, de calos, calor calejante
busca no início, ainda, o sol
língua de cola, e quase sempre de fome

Filho do norte, filho da morte
vira-lata milionário pobrezinho
limpa o chão da praça suja com sua inocência

[ Dedicado ao pobrezinho milionário, Edson, e à Ana, minha amiga, irmã que estava presente no dia que encontrei Edson , e que também deu nome ao que eu escrevi sobre ele,]

3 comentários:

Unknown disse...

ah, adorei o poema.

sinceramente eu gostei de conversar com o Edson,
ele é gente boa.

"sou um vira-lata"
hehehe

beijo.
adoro você gordinho.
=]

Cássio Amaral disse...

Sou um vira-lata também.

Aí é que está o olhar do poeta, ver no simples o todo.
Edu, meu brother esses vira-latas, esses mendigos têm uma iluminação ímpar às vezes que são mais santos que os santos, ou que os papas ou os dalai-lamas, ou qualquer líder espiritual. Eles não têm o que o ser humano tem: APEGO. E numa boa seu poema ficou muito bom!
Abração, saúde, prosperidade e paz.
Prossiga brou!

Cássio Amaral.

Anônimo disse...

Poemaço!!! Adorei Edu a forma que coloca...o Cão tem razão, vc vê o simples no todo.
Parabéns!!!

beijão, Cris