sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Pobrezinho milionário
reflexo de um sol estridente,cortante
invade, rasga e dá aroma à pele
aromatiza cada poro á carniça
Vira-lata, milionário e pobrezinho
cata-lata, vende-lata, fuma-lata
"Minha cobertinha velha ninguém rouba"
Descalço, de calos, calor calejante
busca no início, ainda, o sol
língua de cola, e quase sempre de fome
Filho do norte, filho da morte
vira-lata milionário pobrezinho
limpa o chão da praça suja com sua inocência
[ Dedicado ao pobrezinho milionário, Edson, e à Ana, minha amiga, irmã que estava presente no dia que encontrei Edson , e que também deu nome ao que eu escrevi sobre ele,]
domingo, 21 de outubro de 2007
Me deixe.
sábado, 20 de outubro de 2007
Sonata da luz da lua
Um som profundo e aveludado
faz formar inúmeras imagens
cada nota em suas margens
se fazem agressivas e apaixonadas
Um piano solitário
no centro do escuro salão
o ar da triste solidão
e a execução de um pranto raro
Rasga o vento com teu choro
oh,pianista e tuas mágoas
cada nota como a água
de teus olhos sem consolo
Dedilha estas notas que imagina
cada tecla uma parte de sua canção
dedilhando assim meu coração
faz o fundo de minha sina
Sei que choras como eu
mas teu jeito de chorar
senhor solitário,é tocar
bem mais belo que o meu
E ainda ouço a sonata morrendo...
pouco a pouco,em tuas mãos.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Poesia sem tema
Poesia sem tema
é como fogo que não queima,
queimadura sem dor,
teatro cheio sem ator.
Poesia sem ideia
é distração para meus demônios,
como cabeça vazia
que nos faz perder o sono
Poeta sem inspiraçao
é como judas sem perdão,
faz se carrasco e enforcado,
cruz e espada lado a lado
Poesia sem tema,
vem brotando da cabeça
de escrever seja de teima
algo,mesmo que entristeça
Quando a ideia é inexistente
mas o poeta persistente
acaba por se enganar
e percebe que está por uma linha de acabar
Acabar de escrever
assim,uma poesia
que fala sobre um poeta
que estava de cabeça vazia
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Irrelevante
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Causar dor
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Incompleto
Terá maldição mais ferrenha
que aquela de não conseguir
entender letras que se desenha
num papel destinado a ti?
Um poeminho quebrado, sem rima
que tentara você escrever
jaz no lixo sem alguma estima
abortado, não veio a nascer
Órfãozinhos teus pobres versos
pobre poeminho inacabado!
desprovido de sentimentos espessos
no esquecimento então fora lançado.
domingo, 14 de outubro de 2007
Eu, por mim mesmo [ dedicada ao grande Torquato Neto ]
Certo dia em fevereiro
mais de um mês após janeiro
esperava o tempo inteiro alguém por minha chegada
e quando um anjo embriagado
veio e sentou se a meu lado
disse "amigo,vá agora pra esse mundo abstrato"
sem saber o que faria
pois em seus olhos eu via
olhos bêbados sinceros a lamentar por mim
com suas asas encolhidas
parecia chorar pela vida
onde nada acontecia até entao chegar o fim
certo dia em fevereiro
vi olhos tristes no espelho
olhos que eu sei que são apenas meus
vi que a água nos meus olhos
como sob o efeito do ópio
procuravam sem destino pelos olhos que são seus
logo me vem á cabeça
mesmo q um dia eu esqueça
do anjo decaído que a vida me lamentou
lamentou por minha vida
pois sabia que seria sofrida
conhecendo meu destino desde que você chegou
[ Que foto colocar ao falar de mim? Decidi colocar uma minha mesmo, então é isso. Esse aí é seu humilde narrador, caros leitores.]
mais de um mês após janeiro
esperava o tempo inteiro alguém por minha chegada
e quando um anjo embriagado
veio e sentou se a meu lado
disse "amigo,vá agora pra esse mundo abstrato"
sem saber o que faria
pois em seus olhos eu via
olhos bêbados sinceros a lamentar por mim
com suas asas encolhidas
parecia chorar pela vida
onde nada acontecia até entao chegar o fim
certo dia em fevereiro
vi olhos tristes no espelho
olhos que eu sei que são apenas meus
vi que a água nos meus olhos
como sob o efeito do ópio
procuravam sem destino pelos olhos que são seus
logo me vem á cabeça
mesmo q um dia eu esqueça
do anjo decaído que a vida me lamentou
lamentou por minha vida
pois sabia que seria sofrida
conhecendo meu destino desde que você chegou
[ Que foto colocar ao falar de mim? Decidi colocar uma minha mesmo, então é isso. Esse aí é seu humilde narrador, caros leitores.]
Desgosto
Qual será o gosto de viver?Será o gosto azedo de ver passar o tempo, e não se orgulhar? Viver, de tudo, é o que mais dói; por isso apagar-se aos poucos é um processo ao qual eu devo aderir, assim morrem as estrelas. Quero extinguir-me na poeira estelar do cosmos da dor e da vida. Não tenho o que contar. Apago, aos poucos, a cada miunuto me dou um trago e me consumo. Tragado aos poucos , já quase no fim, aconselho que agora vá embora pois não quero que descubra que a vida não é ruim, não é boa, que a vida simplesmente não tem gosto.
sábado, 13 de outubro de 2007
Para falar de ti
Sucumbi à imagem do não viver
e pelo cadavérico semblante da morte
dei a mão e deixei me erguer
Me abstive de seu amor e segui
e por um precato medo dos simples erros
atrofiei minha mágoa sem ti
E para de ti falar,
Visto minha mais bela mortália,
preencho até o fim cada calha
de vinho tinto e lágrimas
Para falar de ti,
sigo cego tecendo meus versos
criando os meus universos
preso à roda do meu próprio tear
e pelo cadavérico semblante da morte
dei a mão e deixei me erguer
Me abstive de seu amor e segui
e por um precato medo dos simples erros
atrofiei minha mágoa sem ti
E para de ti falar,
Visto minha mais bela mortália,
preencho até o fim cada calha
de vinho tinto e lágrimas
Para falar de ti,
sigo cego tecendo meus versos
criando os meus universos
preso à roda do meu próprio tear
Pássaro cativo
Sempre que sou obrigado a esquecer, tenho que desenrolar o lenço em que guardo minhas lembranças para depositar ali mais uma delas. Eu sinto o cheiro de guardado dos recortes do passado, e acabo me machucando no corte fino destes papéis. Queimaria sem pesar, este lenço, com você e seus falsos sentimentos por mim, se tão fácil fosse esquecer por completo, e se eu não percebesse que sofrer de amor é as vezes uma sensação agradável e bonita. O que você não sabe, é que nunca vai conseguir sair de mim, do meu lenço guardado onde embrulho dores.E no seu espanto(ao refletir que dali nunca poderá sair) dirá: Não tem o direito de prender-me assim, onde já se viu tamanho absurdo? _ E já consolado, te responderei: O mesmo direito que teve você de me libertar, depois de ter me criado enjaulado em seu coração. Pássaros cativos, minha amada, não voam para a liberdade, pois esta é também, sem dúvida alguma, seu último vôo.
Domingos
Essa moda deprê juvenil
anda consumindo-me diariamente.
Tudo rápido, alucinado;
nada são, mas tudo salvo.
Minha estrela já passou da idade,
e ofusca uma fraca luz de cabaré, vermelha;
que não vê mais sentido algum
em simplesmente iluminar.
Tudo rápido e alucinado passa sem parar
e eu no simples dilema:
Qual modo é mais rápido e que dói menos?
Malditos domingos!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Gratidão dói
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